Em processo inédito, Hyundai vai transformar borra de fosfato gerada na pintura de carros em 270 toneladas de fertilizantes por ano z2151

Um tipo de resíduo que até pouco tempo era tratado como ivo ambiental sem solução vai ganhar novo destino. A Hyundai Brasil, em parceria com a empresa Antares, iniciou um projeto inédito no país para reaproveitar a borra de fosfato gerada no processo de pintura automotiva. 6v2q4m
A borra de fosfato é resultado da fosfatização de superfícies metálicas, etapa usada para melhorar a aderência da tinta e proteger o veículo contra a corrosão. Esse material, que antes não tinha reaproveitamento viável, agora poderá ser transformado em insumo agrícola. Segundo a montadora, o novo processo permitirá a produção de ao menos 270 toneladas de fertilizantes por ano.
O projeto foi desenvolvido junto à Antares, especializada em reciclagem de insumos. “Criamos um processo seguro, eficiente e escalável que permite reciclar os principais elementos presentes na borra, como fósforo e zinco, para reaproveitá-los como insumo agrícola”, explicou Ricardo Martins, vice-presidente da Hyundai Motor Brasil. O executivo destaca que a solução reduz a dependência de fontes não-renováveis, diminui riscos de contaminação do solo e da água, e ainda corta significativamente as emissões de gases de efeito estufa associadas à produção convencional de fertilizantes.
Além do impacto ambiental positivo, a Hyundai também aponta ganhos financeiros. A transformação do resíduo em fertilizante trará economia nos custos com gerenciamento de resíduos industriais. Todo o processo será feito com o material coletado na unidade da empresa em Piracicaba, interior de São Paulo.
“Trata-se de um exemplo concreto de como a colaboração entre empresas gera impacto positivo em larga escala”, finalizou Martins. Essa será a primeira vez que o Brasil utilizará a borra de fosfato como matéria-prima industrial.
Click Petróleo e Gás, 21/05/2025.